segunda-feira, 13 de outubro de 2014

FALA DO PAPA SOBRE GAYS NÃO SURPREENDE

Declaração do Papa sobre os Gays e suas capacidades esconde pontos fundamentais, mas não surpreende a comunidade religiosa que se pauta pela Bíblia. Cristão e discriminação, preconceito e intolerância, não combina.  Mas o tema não se encerra pelo reconhecimento dos gays, por sua humanidade, importância e valor como pessoas.
A profundidade  desse tema e seu posicionamento é mais um fator que provoca rupturas sob o ponto de vista religioso quando posições pontuais são tomadas. É preciso cuidado com o "equilíbrio ao extremo." O interesse da Igreja não deve se pautar apenas no acolhimento como sugeriu o Papa Francisco. Acolher é o primeiro passo. À igreja cabe o ensinamento e doutrinamento a respeito de princípios pelos quais a igreja foi instituída e a reafirmação de seu papel no mundo. Não cabe à igreja julgar e condenar, a ela é dada a responsabilidade de ensinar e ajudar pessoas a encontrarem o caminho.
É possível que o acolhimento aos homossexuais na igreja, não mude os valores da igreja até o ponto em que, sem se omitir,  seja influência positiva para auxiliar na mudança de comportamento e estilo de vida. Aliás, é papel de uma entidade cristã acolher a todos sem fazer acepção de pessoas. Porém, a igreja não existe apenas para administrar o número de fieis ou arrebanhar pessoas para pertencerem a um grupo que se distingue como representação de Deus.
A sociedade sofre, por outro lado, com um ativismo sem precedentes, cujo objetivo é tornar as relações homossexuais como um novo modelo de família. Isso tem estremecido a sociedade, principalmente pelo apoio que a ideia vem recebendo pelo poder público. Sob esse ponto de vista, há uma extrapolação dos limites do bom senso, da dignidade, do direito à privacidade, e do respeito ao conceito básico do qual a igreja, como representação legítima de família, pois pela família é formada, deve zelar para que esses valores sejam resguardados das influências modernas da prática homossexual, exacerbadamente apoiada pelas mídias fomentando um enfrentamento agressivo contra os de opiniões adversas.   
A Igreja não deve, com isso, se curvar às pressões dessas campanhas que tem objetivos pontuais para desconstruir o formato tradicional de família.
No campo religioso é preciso cuidado para que as imposições seculares não "contaminem" os propósitos e os ideais cristãos.
Se a Igreja não servir como um ponto em que se aprende o caminho para a mudança de vida em todos os aspectos da conversão, ela deixa de cumprir o seu papel no mundo. No momento em que a Igreja, intimidada, adotar um tom moderado  em seu discurso, sob a pretensão de tornar-se popular e aceitável, ela pode estar pecando em seu propósito e finalidade que justificam sua existência.

É possível que o tema da homossexualidade não se esgote apenas sob o ponto de vista comportamental – pois alguns estudos apontam fatores diversos para essa questão – mas não é difícil entender que as mudanças sociais, os comportamentos adotados, a convivência com o meio, a degradação da saúde física por diversos fatores, tem causado desordens de toda sorte.  Os cristãos entendem que o pecado original trouxe uma deformidade na natureza, desde as plantas até os animais, interferindo em seu comportamento e tem afetado a vida das pessoas em todas as esferas de atuação humana, desde sua percepção de si mesmo e seu autoconhecimento, que poderia levá-lo à busca da regeneração ou do entendimento do que lhe ocorre. Mas diante disso há muitos que preferem desenvolver mecanismos de defesa para seus atos. (Gen. 3:17). O que deve ser destacado nesse caso específico é a promiscuidade, a depravação moral “A prostituição, a impureza e o apetite desordenado” – que tem levado o mundo à ruína atualmente, foram os mesmos comportamentos que destruíram a cidade de Sodoma, em que a promiscuidade era uma prática comum.
A igreja não pode omitir essa informação. “A ira de Deus vai se manifestar, também por essas práticas.” 
Movimento Gay defende novo modelo de família



A Igreja exerce papel como o de mãe que orienta

A igreja jamais deverá omitir-se do papel de instrutora, para que através do entendimento seja despertado o desejo de novidade de vida de todos, sem distinção, sob qualquer ponto de vista. Deus é um em todos quando todos tornarem-se um com Ele. Assim não haverá diferença. O papel da Igreja é conduzir pessoas à Cristo. E diante dEle a vida tem real sentido. Tudo novo se faz. Quem mata deixa de matar; quem rouba deixa de roubar; quem se prostitui, deixa de se prostituir. Em Cristo se concretiza a verdadeira conversão. E a Igreja jamais deixará de cumprir seu papel. 

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